sábado, 5 de novembro de 2011

Homens na Pedagogia: Um estudo sobre as representações e tensões na socialização de gênero.

Ms. Elias Evangelista GOMES (Professor de Sociologia da Educação)
Damásio Rodrigues Simão Reis JORGE (Iniciação Científica)

RESUMO
O tema gênero no campo pedagógico tem sido bastante explorado, abordando quase que, exclusivamente, a partir da perspectiva feminina, da desvalorização docente, ou mesmo da assimilação da feminilidade com o campo pedagógico. Esta pesquisa, no entanto, tem como foco o homem estudante de pedagogia, estagiário, professor da Educação Infantil. Observa-se uma presença majoritária de mulheres no curso de pedagogia e minoritária quanto se trata dos homens que se identificam, principalmente, com o trabalho nas séries iniciais. Parte-se da hipótese de que, tanto para estudantes quanto para os/as profissionais da educação, a presença do homem na Educação Infantil está tensionada por paradigmas e ideologias de diferenciação e desigualdade de gênero. Nesta pesquisa de iniciação científica, busca-se em compreender como homens estudantes de pedagogia se representam e como sentem representados em seus estágios, por pais, mães, crianças, professores/as e toda a comunidade escolar.


OBJETIVO
Esta pesquisa tem como objetivo compreender como são desenvolvidas as práticas de socialização de gênero, a partir da visão de homens estudantes de pedagogia em fase de estágio na Educação Infantil. Nossa intenção é compreender como eles se representam e sentem as representações sobre si mesmos no ambiente educacional infantil.


PROBLEMA DE PESQUISA
Na profissão docente, principalmente na educação infantil e nas séries iniciais, há uma grande concentração de mulheres, refletindo certa orientação e conformação social de que educação é o lugar do cuidado e o cuidado uma tarefa feminina. Porém, existem homens que se aventuram nesse ambiente. Indagamos, então, sobre as sensações vividas por aqueles que se encontram num ambiente profissional em que seu gênero é minoritário. Indaga-se: Quais são as tensões existentes no processo de inserção do homem na Educação Infantil?


METODOLOGIA
Tendo em vista o objetivo e problema de pesquisa, a metodologia qualitativa se mostra mais adequada para responder a pergunta geral. Busca-se, através da análise de casos particulares, compreender como os homens estudantes de pedagogia, em fase de estágio, narram suas experiências de inserção profissional na Educação Infantil. Para isso, serão utilizadas entrevistas semi-estruturadas, visando possibilitar conexões de sentido entre as falas de alguns pesquisados.


REFERENCIAL TEÓRICO

BERGER, Peter & LUCKMANN. A construção social da realidade. 6.ed. Petrópolis: Vozes, 1985.
BOURDIEU, PIERRE. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus Editora, 1996.
CARVALHO, Marília Pinto de. Movimentos sociais por educação: A invisibilidade dos Gêneros. Caderno de Pesquisa: São Paulo. Maio, 1995.
CARVALHO, Marília Pinto de. Vozes masculinas numa profissão feminina: o que têm a dizer os professores. Faculdade de São Paulo: São Paulo. Setembro, 1998.
CARVALHO, Marília Pinto de. Ensino, uma atividade relacional. Faculdade de Educação da USP: São Paulo, 1998.
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Estado de Conhecimento nº 6 Formação de professores no Brasil (1990-1998). MEC/Inep/Comped: Brasília-DF, 2002.
MARTINS, Heloisa Helena T. de Souza. Metodologia Qualitativa de pesquisa. Educação e pesquisa: São Paulo. V.30, n2, p.289-300, maio/ago, 2004.

sábado, 8 de outubro de 2011

O homem na pedagogia.. breve resumo.

O tema Gênero no campo pedagógico tem sido bastante explorado, abordando
quase que exclusivamente a partir da perspectiva feminina, da desvalorização docente,
ou mesmo da assimilação da feminilidade com o campo pedagógico. Esta pesquisa, no
entanto, tem como foco o homem estudante de pedagogia, estagiário, agente no campo
da Educação Infantil. Nos dias atuais há uma busca majoritária de mulheres pelo curso
de pedagogia, e devido a esta realidade, são poucos os homens que se identificam com
o curso e principalmente com o trabalho nas séries iniciais. Não somente para esses
estudantes, mas para toda a sociedade escolar, a presença do homem na Educação
Infantil sofre com paradigmas e ideologias. Nesta pesquisa de iniciação científica
busca-se compreender como estes estudantes de pedagogia se sentem, como sentem-se
representados e como identificam as suas recepções, em seus estágios, por pais, mães,
crianças, professores e toda a comunidade escolar.

Como será que estes homens se sentem no ambiente em que trabalham?

Ética

Como podemos analisar a questão de cola nas escolas?
O professor prepara uma avaliação, nem sempre acima das capacidades do aluno. Nas aulas de avaliação, tenho percebido o quanto é importante a avaliação tanto para o educador quanto para seu educando, para a melhoria dos dois e para um possivel diagnóstico do quanto o educando sabia, quanto ele aprendeu e o que precisará aprender.
Estas noções são extremamente importantes para quem se preocupa com a educação.
As avaliações diagnósticas que visam detectar no educando o quanto sabe e precisa saber, as avaliações mediadora e formativa, que buscam auxiliar e mediar o aluno no processo de desenvolvimento cognitivo,a investigativa, que procura possiveis erros e equivocos e a mais conhecida e valorizada que é a classificatória que atribui e classifica, estabelecendo parâmetros e similaridades.
A verdade é que neste momento percebo o quanto estamos fortemente envolvidos com a avaliação classificatória, onde o que queremos são notas e classificações, se somos melhores ou piores do que alguem.
Acabo de fazer uma prova de Geografia. Triste é saber que quase todos os alunos haviam estudados somente as questões que cairam nesta avaliação, isto porque um amigo nosso havia feito a prova adiantado, e era a mesma prova.
Neste momento reflito, nós que seremos futuros professores.. como poderemos cobrar de nossos educandos que não colem e tudo o mais se nós, enquanto estudantes, estamos colando?
Como poderemos acreditar que serão bons professores, se conseguiram o diploma através da cola?
COmo poderemos cobrar melhorias na didática da professora, se na prova colamos?
E esta ultima que não se faz menos forte para mim, como posso me sentir mal por não ter colado? Será que esta nota é tão importante para mim? será que me sentiria mais realizado se tivesse colado?
A verdade é que não sei, mas acredito que só poderei me sentir realizado por aquilo que fiz e que lutei para fazer éticamente, sem precisar trair ninguem.

A verdade é que precisamos aprender a ensinar as pessoas a lutarem, não por classificação, mas por compreenção e ética. O que não quero para mim, não desejo a ninguem.

Desculpem acabou sendo mais um desabafo...
E desculpem também se fico muito tempo sem escrever, mas meus dias andam corridos ultimamente.

Com carinho

Dam Reis

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A didática....

O que podemos dizer das didáticas?
Existem momentos em que devemos estar juntos
Existem outros em que devemos deixar que o educando aprenda sozinho..
Mas precisamos ser humildes para saber o momento certo de cada um dos dois



A educação é mais do que o que se faz, mas sim como você faz o que faz.
Não basta que nossos atos estejam banhados de conhecimentos negligenciados, não basta somente sabermos o que fazer, precisamos tornar nossos conhecimentos sobre o cuidado com o outro, seja criança, adulto ou adolescente. A verdade é que quando dominamos a situação esquecemos que nossos alunos nos ensinam mais do que ensinamos a eles. Muitas vezes, ao passarmos do estado de "oprimido" no campo educacional, nos sentimos na necessidade de assumir uma postura de "opressor". COmo dizia Paulo Freire, devemos ter acima de tudo humildade, respeitar que cada um possui um tempo diferente para o seu desenvolvimento, e que educar é saber amar, é um ato de compromisso com o outro e uma pratica que deve sobre tudo educar para a vida e para a própria libertação, um ato político.

domingo, 10 de abril de 2011

pertencimento racial

Massacre no RIo


Questões foram levantadas neste video que valem uma análise:
O que o governo pode fazer para mudar isto?
qual é o papel da escola?
Quem é o responsavel por isto? éo governo? é a sociedade?
O que será feito a partir de então?
Por que a sociedade diz que é culpa do governo?

Sem querer contrariar ou, ja contrariando, este acontecimento nos ajuda a pensar em muitas coisas na escola.
Em primeiro lugar gostaria de dizer que nem tudo o que foi dito eu concordo. Em primeiro lugar discordo quando dizem que a culpa é do governo, e não por querer defende-lo, mas acredito que a culpa está antes dele. Antes de alguem pertencer ao governo ou Estado, a pessoa era um cidadão. Então o problema não se encontra no fato de estar no governo, mas sim de enquanto cidadão, não ter como importante as necessidades sociais.
Acredito que a culpa do ocorrido se deve também a sociedade. Quando estavamos na ditadura, por mais que não tivessemos o direito da livre expressão, as pessoas saiam as ruas para questionar o governo. Com o advento da democracia, o povo passou a entregar as responsabilidades para determinadas pessoas e assim, preferem delegar o direito de pensarem por eles. As coisas na sociedade tem acontecido de modo que o povo não se conforma e tudo o que fazemos é reclamar com amigos, mas não nos damos mais ao trabalho de ir ao planalto reclamar nossos direitos e vontades. O povo espera que o governo pense pelo povo, o que está errado, quem melhor do que o oprimido para saber o que o oprimido necessita? Como dizem: "Se você não pensa, é pensado pelos outros!" e nós temos permitido que pensem por nós.
Ai surge numa entrevista como esta uma pessoa dizendo que o governo precisa fazer alguma coisa. Eu até concordo que há a necessidade de se tomar alguma atitude, mas o governo vai fazer o que? aumentar o policiamento? impedir que outras pessoas entrem nas escolas? Em geral isto seria uma resolução do problema?
Depois passam-se a fazer considerações dizendo que é necessaria uma formação maior nos professores. O ser humano sente uma necessidade de delegar a culpa a pessoas singulares, eles não percebem que todos tem culpa, não somente os professores, mas coordenadores, diretores, fachineiros, porteiros e familiares. A sala de aula não é um ambiente isolado do mundo, ela faz parte da sociedade e nela se apresentam as caracteristicas existentes na sociedade. Culpar somente os professores e suas formações é a parte facil.
Tenho considerado as informações do ocorrido. Disseram que o assassino sofria de buylling durante a epoca da escola. Neste momento devemos considerar a atuação dos professores sim. Mas o problema se encontra em os professores não fazerem nada nestas situações, ou trata-las como casos isolados. Ao isolarem a situação é que o problema se mantem. Ao invés das escolas fazerem um trabalho de conscientização coletiva, envolvendo toda a escola, elas falam somente com a criança que praticou, isto quando falam com as crianças. Muitas vezes consideram como simples "brincadeirinhas", e são exatamente estas brincadeiras que dão origem a situações como as ocorridas. Ai simplesmente falamos que o problema está na formação academica do professor.
Pessoalmente acredito que não basta ter-se uma boa formação academica de abolição dos preconceitos. Acredito que o problema se encontra na formação pessoal das pessoas e da sociedade. Quando a pessoa obtem uma sensibilidade maior, ai ela passa a perceber quando o preconceito está ativo, e ela tendo isto como uma preocupação pessoal, passa a desenvolver seu trabalho para uma coletividade desta consciencia. Paulo Freire falava sobre o pensar certo. Muitos professores falam ser contra o preconceito, porém não respeitam a diversidade, ou não conseguem reconhecer que determinadas ações são incoerentes com a filosofia que diz praticar, ai é que entra a falta de praxis filosofica.
Não basta um professor ter uma boa formação de professor se ele não tem uma consciencia critica das situações. Um exemplo ocorreu com uma aluna de pedagogia, onde na escola onde fazia estagio, uma professora colocou para tocar musica da Xuxa e duas meninas negras estavam dançando e um garoto gritou "onde ja se viu paquita preta?", neste momento as duas meninas pararam de dançar e a professora não fez nada. Não digo que ela tenha percebido que isto foi preconceito, talvés não tenha tido esta sensibilidade. Nesta situação percebe-se que o problema não está somente na formação de professora dela, mas sim nas concepções de ser humano que foram desenvolvidas durante toda a sua vida. Aquilo poderia também ter sido tratado caso ela percebesse na sala, mas isto também não resolveria. O importante seria que o trabalho fosse desenvolvido em toda a escola, afinal aquilo pode ser que não aconteça somente naquela sala. Este tipo de situação acontece em diversos lugares, não somente na sala de aula, e não basta querermos mudar isto quando a pessoa está na Universidade, estas situações devem mudar desde o maternal, pois é neste periodo que as crianças estão desenvolvendo os conceitos de ser humano, de convivencia social e de causa e efeito.
O problema encontra-se sim nos professores, mas não somente neles, o problema também encontra-se na própria sociedade. Em todo o convivio social que temos, pois somos todos sujeitos ativos da sociedade, incluindo o governo, e equanto não desenvolvermos uma consciencia disto, outras tragedias vão continuar ocorrendo.

HIstória e racismo..


Bom meus queridos,

Recentemente estive numa discussão sobre cursinhos populares e fui levado a refletir sobre a discriminação. Pessoalmente não sou muito a favor de referencias que são feitas durante estas discussões. A discussão que deveria ser sobre possibilidades e oportunidades de conseguir entrar numa boa universidade acabou por girar em torno do preconceito e do racismo. Não julgo que todos os poblemas do negro sejam por ele ser negro. Sinceramente considero que é necessario dividir as coisas e perceber que muitas vezes o problema pode ser pela classe social e não somente pela etnia da pessoa. No caso das oportunidades de entrar numa boa universidade, a pessoa pode não estar sendo desclassificada somente pelo fato de ser negro, mas também pela questão de ser pobre e não ter condições de sustentar monetariamente sua dependencia na universidade, e isto pode acontecer não somente com negros, mas com brancos também. Assim sendo, evidencia-se que muitos negros sentem a necessidade de vincular determinadas situações às suas peles, quando na verdade o preconceito sofrido pode estar ligado a sua classe social.
Tenho pensado muito estes ultimos dias, julgando-me se estou certo ou errado nos pensamentos, mas acredito que toda analise é valida.

A questão do preconceito social chega a ser complexa, pois ele nem sempre está necessariamente ligado ao racismo, muitas vezes esta ideia surge da trindade(negro, pobre, marginalizado ambientalmente). Esta analise acaba sendo praticamente histórica. Na sociedade o negro ainda carrega a questão de suas origens terem sido escravos trazidos da africa. Durante a escravidão, os negros não conseguiam arrecadar bens, inicialmente e acabaram por ser apenas uma mão de obra util para a sociedade. Com a abolição da escravatura, negros conseguiram comprar sua liberdade, mas sem ter para onde ir, acabavam muitos ficando sob o dominio de familias, que muitas vezes pagavam pouco, ou nem sequer pagavam, afinal, o mesmo negro era seu escravo e não cobrava nada por seus serviços, anteriormente. Com a libertação dos escravos, muitos dos que não tinham para onde ir acabaram por subir os morros do Rio de Janeiro, daí que o morro passou a ser um ambiente esteriotipado pela sociedade, e não por ser um ambiente de negros, mas sim por ser um ambiente de pobres. Hoje os morros ainda são mal vistos pela sociedade, e não porque possuem em sua grande maioria negros, mas sim porque carregam pobres em suas dependencias.

Muitas coisas na sociedade está ligada a esta marginalização surgida na escravidão. Um exemplo é o preconceito que se tem com estilos musicais. Ainda que não seja meu foco a história da musica, em qualquer livro que se pesquisar sobre a origem da musica classica, por exemplo, encontrar-se há que surgiu nas batidas dos povos primitivos, possivelmente semelhante as batidas dos rituais africanos. Com o homem desenvolvendo habilidades manuais e grandes descobertas, acabou-se criando instrumentos melódicos que passaram a ser utilizados nas musicas clássicas. Com a ascenssão destas, e seu valorizamento na sociedade, elas passaram a ser pertencentes a elite social, o que permanece até os dias de hoje. Seguindo sua existencia, as musicas populares da sociedade acabaram tomando um rumo marginalizado. Poucos sabem que as musicas clássicas surgiram de batidas, tão pouco sabem reconhecer que o Jazz que também é apreciado pela elite também tem origem em batidas africanas, assim como o MPB, que também acaba surgindo devido ao samba.
Quando paro para analisar isto, venho liga-lo a discussão, pois o proprio samba, ainda que apreciado por grande parte da sociedade, está diretamente vinculado ao preconceito. Muitos na sociedade desvalorizam a existencia do samba, e isto não se pode dizer que não está ligado diretamente ao preconceito "etnico-racial socio-ambiental", afinal o samba realmente surgiu dos negros, mas o problema está no esteriotipo que se faz. O samba não tem muito valor porque é do morro, no morro era de negro, por ser de negro do morro era também de pobre. Num geral até hoje musicas criadas por negros e no morro são tidas como objetos de pouco valor para a sociedade, tanto é que quando o funk começou a fazer sucesso para ricos, tiveram até reportagns da rede Globo de televisão que foram entrevistar e diziam "pessoas da classe alta do Rio começam a curtir este novo ritmo e vestem-se iguais as garotas do morro que curtem o som", em outras palavras, quando passa a ser da classe alta da sociedade passa a ser algo "cultural" e valorizavel para a sociedade, mas anteriormente era de marginal.
Seguindo esta anaise, percebe-se que na sociedade, julga-se muito mais pela classe a que se pertence do que a pigmentação da pele. Num geral um negro bem vestido é melhor aceito na sociedade do que um mal vestido( ainda que isto não aconteça somente com negros), sendo assim, para a sociedade é como se um negro bem vestido fosse menos negro do que um negro mal vestido. A partir do que ele veste, e do carro que chega, as pessoas ja vinculam à sua classe social e ao ambiente em que vive, tanto é que poucos vinculam uma pessoa da elite com o uso de drogas, o que sabe-se que também ocorre na sociedade.
Em debate também procuro analisar minhas concepções sobre o pertencimento racial, afinal, acredito ainda que negros também são racistas, ainda que seja meio contraditório que isto exista, mas muitos negros recusam-se a se relacionar com negros, a se vestir como negros e a ouvir musica de negro, sejam elas quais forem. Quando faço esta análise reflito se estou sendo coerente, mas ainda assim, não consigo desvincular, pois socialmente acabam estando enraizados estes preconceitos e esteriotipos que temos embutidos nas nossas concepções. Negros que dizem que musica de negro é do diabo, que o outro negro é um marginalzinho, muitas vezes pelo ambiente onde a pessoa mora, ou somente pela cor.
Dizendo tudo isto não estou dizendo que não existe o racismo como referente a cor da pessoa, muito pelo o contrario, sei que existe também devido a este motivo, mas considero que nem sempre o vinculo está somente a isto, tanto é que também existem negros com preconceitos a brancos. Quando alguem sofre o preconceito, muitas vezes o racismo, está sendo ligado a ideias bem ilusórias, as pessoas estão inconscientemente ligando o fato de alguem ser negro ao fato de ser pobre e possivelemente um marginal. Tanto é que muitas vezes quando pensam no negro pensam em alguem que possivelmente está passando fome( ou é um viciado) que precisa, ou pode precisar roubar para suprir suas necessidades, sendo assim, acabam vinculando seu ambiente familiar a classe pobre.

Pessoalmente são estas questões que me levam a considerar o racismo como não diretamente um fato isolado, mas parte de uma trindade que vincula o ambiente+ cor/raça+ classe social.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Auto-critica

Acredito que quando nos equivocamos em argumentos devemos partir para um auto-reconhecimento e uma auto-critica. m minha penultima postagem falei sobre o evento na PUC o qual acontece esta semana. Tirando as criticas que mantenho ainda, devo confessar que hoje não houve o que eu consideraria uma esposição, muito pelo contrario, tivemos uma banca de discussão onde abordamos o tema "Cursinhos populares". Foi muito interessante. Tive a honra de dividir uma cadeira na mesa com o Douglas, responsavel pelo cursinho UNEAfro, e a Sabrina Afonso, coordenadora pedagogica do cursinho popular da PUC.
Num geral o evento me foi meio inesperado, mas ainda lamento o fato de poucos estudades da universidade interessados em conhecer a realidade externa, mantendo-se alienados da realidade.

sábado, 2 de abril de 2011

Preconceitos mil...



O que dizer sobre nosso "querido" deputado federal do partido progressista Jair Bolsonaro?
Bom, ja começa pelo fato de desconhecermos sua existencia, mas após sua dignissima presença no programa CQC, podemos dizer que este será bastante conhecido, não por ser um ótimo político, mas sim por ser um ser extremamente preconceituoso, não somente com homosexuais, como também por ser racista.
Suas falas trazem consigo preconceitos diversos, além de demonstrar-se favoravel a agressão familiar, onde os pais agridem seus filhos por irem contra algum ideal. Como se isto não bastasse, ainda diz que sente falta da ditadura, pois ela trazia o respeito, a ordem e a familia, mas se formos analisar, na ditadura as pessoas tinham receio de se expressar, muita coisa era submetida ao "submundo", pessoas eram presas, outras mortas sem nem saberem o porque, então devemos pensar, estaria correto isto hoje? Um dia após o outro com medo de dizer o que se acredita ou pensa? Acredito com muita fé que provavlmente este blog não existiria mais, e com certeza eu não estaria escrevendo esta postagem. Vamos nos voltar aos preconceitos evidenciados durante a reportagem "O Povo Quer Saber com Jair Bolsonaro.
Seus preconceitos são diversos. O primeiro que se evidencia está numa fala muito forte onde el diz que: "Meu filho nunca seria Gay porque dei uma boa educação para ele e sou um pai presente"; isto quer dizer que as pessoas homosexuais não tem educação? Será que neste ambito, não seria ele quem não teve uma boa educação? Simplesmente ter estudado nos melhores colegios e universidades não garantem a boa educação, se assim o fosse eu estaria considerando a sala de aula o unico ambiente produtor de conhecimento, junto com a familia, e estaria descartando as influencias que podemos ter do convivio social. Como se não bastasse o preconceito homofobico, e não satisfeito com isto, quando a Preta Gil perguntou o que ele faria se seu filho se casasse com uma mulher negra?" sua resposta foi a mais insignificante do que os argumentos anteriores, simplesmente disse que "Como eu ja disse dei uma boa educação para os meus filhos e eles não praticaraiam de tais promiscuidade de um ambiente como é o seu", o que será que ele quiz dizer com isto? Ele quiz dizer que é promiscuo casar com uma negra, ou que porque ela é negra deve morar na periferia ou favela? Esta é mais uma evidencia de extremo preconceito. Será que ele sabe que ela é filha do Gilberto Gil, que foi ministro da cultura( se não me engano)? O que ele pensa que os negros são? Animais?
Enfim, o preconceito está tão evidente no nosso dia a dia e continuam a nos dizer que ele está extinto da nossa sociedade.

domingo, 13 de março de 2011

Roda de bate-papos ou Exposição de talentos?


Estive analisando certos conceitos passados de amigos e muitas outras coisas em consideração.
Neste próximo mês está para acontecer na PUC_SP um evento intitulado "A favela Invade a PUC", onde pertencentes de "comunidades" ou periferias irão mostrar um pouco de suas culturas e realidades. Não gosto muito destes eventos por motivos pessoais, mas que considero muito validos.
Eles são eventos muito louváveis. Levam para membros de uma faculdade particular uma realidade a qual não pertecem e muitos até desconhecem, desacreditando que tais coisas possam acontecer. É um evento rico em pluralidade cultural e expansão de conhecimento cultural e pessoal para a classe alta, ou media alta.
Agora vamos para meus motivos de ser contra algumas mensagens passadas no evento. Não digo que não o considere importante, mas muitas vezes acaba se transformando em uma exposição de "talentos", não digo isto somente pelos que observam, mas também pelos que vão se manifestar. Muitos se sentem na necessidade de expor-se como ex-coitados que venceram na vida, ou tem tentado. Costumo ver pessoas de periferia se justificando como vitoriosos e "puras excessões" de seus ambientes, pois buscam vencer na vida, fazer uma faculdade e arrumar um bom emprego, ao invés de virarem viciados e traficantes ou ladrões. Concordo e admito que realmente são excessões, e não tem como disconsiderar tais fatos, porém, o problema se encontra quando estas pessoas se consideram as unicas. Com certeza assim como existem estas pessoas, existem muitas outras, que muitas vezes pessam da mesma forma.

Muitas vezes estes eventos acabam parecendo uma exposição, assim como aquelas que os adestradores fazem com seus animais: "cãozinho, da cambalhota! Finge de morto", mais ao inves disso temos: " Diga suas experiencias, diga que faz faculdade..". Não gosto destes eventos pois eles levam em consideração não a pessoa que venceu seus problemas, mas a pessoa que VIVE ou VIVEU na favela/periferia. Não levam, por exemplo pessoas que tiveram problemas e conseguiram resolver, mas sim pobres, "favelados" ou periféricos, usuários ou ex-usuários de drogas, negros ou indios.

Como eu disse, não acho ruim que mostrem pessoas que moram em favelas ou periferias, mas nestes momentos uma breve concepção de pessoas se evidencia e passam a ver as pessoas por onde elas moram e não por quem são. Se eu julgar que acho que deveriam descartar a descrição de serem favelados/da periferia, estaria eu evidenciando um preconceito quanto a moradores destes locais, mas ainda acho que poucos dos que se reunem ali vêem o personagem como um vencedor, pessoalmente vejo que se inconformam em aceitar suas realidades, tanto é que uma vez discutindo com um amigo que estuda lá, ele chegou a me dizer que não se conformava com aquele pobre coitado que trabalhava um mês inteiro para comprar alguma coisa e que se meu amigo quisesse teria na hora sem esforço. Logo eu lhe disse que isto se trata de uma externalização que a mídia causa nas pessoas, e não adianta dizer que não somos julgados pelo o que vestimos, pois em muitos lugares a vestimenta é obrigadória e sem ela você não entra, afinal como dizem "a primeira impressão é a que fica!"

Acho que eles aprenderiam muito mais se fosse um evento diferente chamado "A PUC invade a Favela", onde fossem levados os estudantes da PUC para as favelas para eles verem como é a realidade dos locais, como as pessoas vivem. Seria um trabalho de campo como insentivava Dewey( ou era Freinet? sempre confundo!!), mas que com certeza aprenderiam muito mais sobre o mundo em que os cerca. Não digo que eles saberiam como é, pois ainda assim os estudantes teriam muitos privilégios e condições que poucos ali chegarão a ter, até pelo insentivo e oportunidades também, mas tudo teria um outro significado para os estudantes que visitassem.

O problema não está em o que é feito e nem as ideias do que é feito, mas o problema se encontra em como é feito. É mais ou menos como dizem "o fim justifica os meios?"

sexta-feira, 11 de março de 2011

Que maravilha..



Su esta é pra você te amo minha Deusa
S2

terça-feira, 8 de março de 2011

Discutindo as verdades..

Tenho pensado muito nas idéias de discussões ideológicas. Percebo hoje o quanto nos ligamos a ideais e como estamos presos uns aos outros de formas que nem nos damos conta. Num geral entra no que Paulo Freire dizia sobre a educação ser um ato político, acredito hoje que todos somos políticos até certos pontos. Defendemos ideologias, ainda que não sejam de outros, mas com certeza outros também as defendem, ainda que jamais tenham ouvido falar de nós, ou saibam que mais alguem às defende.
É como numa guerra: estamos sempre lutando por um lado, seja ele qual for e, por mais heterogênos que sejam os motivos, estamos juntos de alguem que luta pelo mesmo ideal que a gente. Não podemos julgar nosso lado, e nossas intenções, melhores do que as do lado oposto. Cada um se faz justo a partir de determinado ponto de vista, e, pela verdade nunca ser absoluta, podem-se questionar as infinitas verdades pre-existentes.

Um exemplo meio sem nexo, mas que da pra discutir um pouco, é na comparação com o filme "A lenda dos guardiões". Nele uma especie (Tytos) se consideram melhores e puros, consideram-se uma raça superior e procuram dominar os demais. No lado oposto estão as outas raças e especies, que desejam apenas levar suas vidas em paz. Na ideologia defendida pelos "Puros", eles devem acabar, ou vencer as outras raças por serem superiores, na "impuros" eles não possuem grandes ambições. Agora, dizemos que os "impuros são os bonzinhos" e os "puros" os vilões. Mas vamos analizar direito esta história: digamos que os Humanos são os puros, enquanto os demais animais e seres vivos são os impuros. Podemos dizer que os humanos se consideram melhor que os demais animais isso porque possuimos o "dedo opositor" e a capacidade de pensar e raciocinar por algum interesse, alem de conviver em sociedade, entre outras qualidades que fazem questão de destacar.
Agora levemos esta discussão a outro nivel. Nós humanos somos "melhores" do que os demais animais, mas muitas vezes somos tratados piores que eles. Cachorros de "madames" costumam ter mais direitos e ser bem melhor tratados do que humanos moradores de rua. Cobras, lagartos, galinhas e porcos também são. Nós "humanos" nos consideramos melhores do que os demais animais e nos sentimos no direito de escravisá-los. Muitos nós maltratamos e nos sentimos no direito de matá-los, apenas por termos nojo, repúdio, ou qualquer outra coisa do tipo.

Então pergunto: Somos muito diferentes dos vilões dos desenhos? e porquê seriamos?

É como mostra o filme "Ilha das flores", onde faz toda uma explicação de um contexto e mostra como muitas vezes nós somos deixados depois dos animais. E nós ainda acreditamos nas ideologias que dizem que todos temos os mesmos direitos independente de etnia, cultura, classes.

Bom, a verdade é que estamos sempre lutando por uma ideologia, e não podemos culpar os outros por terem opniões diferentes e devemos sempre respeitar a opnião do outro. Como profissionais da educação, entre outros, devemos sempre respeitar a idiossincrasia dos outros e cuidar para que de suas opniões partam para um grande desenvolvimento cognitivo e pessoal. Independentes de profissionais da educação ou não, também devemos cuidar para que as pessoas percebam-se membros do meio e da natureza. Não somos melhores do que nenhum animal ou qualquer ser vivo. SOu adepto da filosofia do "viva e deixe viver" e espero um dia ser capaz de plantar esta semente em muitos corações.

domingo, 6 de março de 2011

Um pouquinho de religião...


Hoje mais uma vez me vi posto a grandes dilemas religiosos.
Independente de acreditar ou não, pessoas buscam que tenhamos os mesmos costumes que elas, e que acreditemos nas mesmas coisas que elas. Ouvir "não desiste da Igreja não!" é espantoso e não é nem por pensar o contrário: "será que ela é que não deve desistir de mim?", mas é pela própria ideia de que a Igreja deveria ser algo de maior valor.
Não me julgo ateu, nem mesmo cético. Acredito em Deus, nem teria como não acreditar, fui criado num mundo religioso, onde frequentava a Igreja todos os fins de semana, estudava durante a semana em colégio de padre ou freira onde também era obrigado a rezar e tudo o mais. Acho importante a crença em um ser maior, seja Deus, Jah, Crishina, Alá, Jeová, Oxalá..., afinal, esta rença num ser maior nos ajuda a buscar outras coisas e a acreditar em mudanças. Apenas questiono-me, por ser católico, nas diversas contradições contidas no livro sagrado, coisas como: Se Deus deu-nos o livre harbitrio, por que temos que fazer as coisas baseadas no que a Igreja diz? ele não nos deixou fazermos as nossas escolhas? ou mesmo, se Deus é misericordioso, por que dizem que as coisas ruins que acontecem com a gente são castigos? ou que certas coisas não são de Deus? E não adianta dizerem que isso não são praticas religiosas, pois vejo nas Igrejas grande necessidade de acumulo de riquezas, o que Jesus disse que não tinha intenção. Eu mesmo, fui obrigado a sair de um colégio de padres porque eles tiraram minha bolsa de estudos, e mesmo eu justifiando que não tinha como pagar, alguns deles não demonstraram o menor remorso. Neste momento percebemos que certas coisas da Idade Media permanecem nos dias de hoje, onde a cultura e o melhor conhecimento são para as classes mais altas e mantidas, algumas, pela Igreja.

Estas são algumas coisas que questiono nas religiões em geral, suas tentativas de manipulação Ideológica sobre as pessoas. Dizem que as pessoas não conseguem as coisas por que não estão ligadas em Deus, porque não pagam o dizimo e etc. As próprias atitudes da sociedade está muito submissa às religiões, por exemplo algumas que determinam como devemos nos vestir dentro e fora delas, como devemos agir, etc.
Um filme que mostra muito esta ideia é "O Livro de Eli", adoro o filme e não digo mal. Na verdade acho ele extremamente importante para passar valores, afinal este deveria ser a ideia original da Biblia, a passagem de valores, e não de comportamentos ideológicos e machistas determinantes de nossos atos, ações e fonte de domínio das mentes.
Como eu disse, é muito importante a crença numa coisa, mas precisamos ter discernimento entre o que devemos realmente acreditar e de que forma acreditar. Pessoalmente eu nunca tinha pensado na Biblia como algo tão forte e importante para a vida como pude ver através do filme. Ela é um livro muito valioso e forte.. como seria bom se houvessem outros livros capazes de passar valores como a Bliblia faz, e não para manipular as pessoas, mas para que as pessoas percebessem o quanto é importante acreditar no outro e valorizar a sua existencia.
Isto se aplica a toda a pedagogia.. devemos ser como Jesus, não só por sermos filhos de Deus, mas por acreditar e enxergar o outro, independente de valores eticos, etnicos, sociais, etc, como irmãos e cuidarmos deles como gostariamos de ser cuidados.


Enfim: "Um dia me disseram que as núvens não eram de algodão.."
Engenheiros do Hawaii

sábado, 5 de março de 2011

O sorriso de Monalisa.


Mais uma vez sinto-me na necessidade de causar mais discussão sobre o tema gênero. Desta vez pretendo discutir um pouco sobre a ideia que temos sobre ele...

Muitos acreditamos que está ideia de machismo e feminismo são coisas que a sociedade impóe sobre a gente e que estas ideias são de nossos pais, nossos professores e pessoas mais velhas que nós, porem percebo que estas ideias estão contidas em cada um de nós e não digo por isso que não são fontes de grande investimento da nossa sociedade para a manutenção dos costumes.
Quantas vezes já não dissemos:"Para com isso menina isso não é coisa de mulher" ou até "Fala como homem!".
Como se estas atitudes não bastassem, ainda há coisas mais sutis, mas que demonstram claramente o que pensamos, ainda que inconscientemente, por exemplo pela atitude da mulher de pedir para o homem pedir a informação, para o homem pagar a conta ou mesmo quando ela se sente na necessidade de servir ou preparar a comida para o homem. Estas são atitudes que muitas vezes passam despercebidas, mas que mostram claramente que a distinção de sexos está contida nos nossos habitos.
Quanto a Educação, onde ela fica nesta hostória? Bom,acredito que ela tem grande participação pois como dizia Neidson Rodrigues, a escola é influenciada e influencia o meio, então não podemos culpar a sociedade sozinha por estes devaneios humanisticos.

Em partes os dias de hoje são um pouco diferentes, mas ainda se faz presente esta influencia. O filme "O sorriso de Monalisa" retrata bem este conceito. Conta a historia de uma professora que entra num colegio feminino muito renomado para dar aulas de artes. No desenrolar da história ela descobre como a escola é tradicionalista e que na verdade servia como "um treinamento de boas maneiras para mulheres". A professora meio que se indigna com aquilo, mas percebe que aquelas ideias ficaram tão fortes que mesmo a professora indicando uma direão e uma alternativa, as alunas, em sua maioria acabavam preferindo se casar e desistir de seus sonhos. Pelo contexto percebe-se tambem que o que acontecia não era só opção, era influencia do meio externo também.
Num geral só gostaria que as pessoas percebecem que muitos dos esteriótipos e preconceitos de gênero estão contidos não somente em quem fala, mas muitas vezes em quem ouve. Gostaria que todos se autoavaliassem e percebessem tais atitudes, pois só conseguiremos mudar quando percebermos que existem as diferenças e que muitas delas estão contidas na gente. Enquanto não nos tornarmos críticos e lutarmos contra esta estes atos e visões, não conseguiremos mudar o que há muito está implicito no nosso dia a dia.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Educação é coisa de mulherzinha..



Qual é o papel da Educação?

Chega a ser espantoso como ainda hoje somos submissos à conceitos preconceituosos. Hoje mais uma vez fui submetido a um puro e descarado preconceito, onde ouvi que os berçarios não pegam homens...
Enfim, discute-se tanto a falta de homens no campo da educação, de Homens pedagogos e num geral quando aparecem são discriminados por serem homens... isto porque ainda não coloquei em destaque que muitos dos estagios que aparecem na faculdade são voltados apenas para mulheres e eles colocam até em caixa alta, para destacar sua exigencia, outros colocam isto como pré-requisito..
Agora eu pergunto: Se é assim, então porque há a reclamação da falta de homens na Educação/Pedagogia? também pergunto, vocês acham que estes preconceitos surgem de homens? também não sabia que somente mulheres tem filhos.. qual a participação do homem nisso tudo? Germinar e sustentar($)?

Na verdade muitos destes preconceitos vem das mulheres... será que estas sentem que os homens estão tomando seus lugares? o espaço que adquiriram através do preconceito e do machismo?

O pior, o campo da Educação que deveria lutar e brigar contra estes conceitos se submetem, as vezes inconscientemente, estes conceitos tão tradicionalistas...

Nestes momentos vejo que escolhi o tema correto para minhas pesquisas de especialização, a discussão de generos no campo educacional, onde pretendo entender como se dá o desenvolvimento cognitivos através de instimulos divergentes a partir dos gêneros, e como isto está contido nas brincadeiras. Num geral, acreditei que sofreria discriminação por ser negro, por ter cabelo afro, por pensar além, mas jamais imaginei que seria discriminado por ser homem.



Lembro-me de um livro escrito por Terry Pratchet, da serie Discworld, chamado "Direitos iguais, Rituais iguais", onde ele leva em discussão os ensinamentos de Gêneros. No livro, discute-se o fato de uma menina ter nascido maga e conseguir usar as magias, pois isso era coisa de homem. Apenas para situar, no contexto da série alguns homens eram treinados na Universidade Invisível onde treinava magos, considerados "nobres" na sociedade, e mulheres( algumas) quando tinham habilidades, eram treinadas para ser bruxas. Magia era coisa de mago, mulheres eram feiticeiras, esta era a realidade. Pela menina possuir poderes de mago, havia uma grande discussão durante toda a trama.... enfim não contarei o final, quem tiver interesse leia, vale a pena.




Sabe o que chega a ser até irônico? a maioria das pessoas que estudamos são HOMENS, exemplo Vygotsky, Piaget,Wallon....

Sem mais nada a dizer, educação é coisa de mulherzinha.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Transformando....



No cantinho do céu se desenha um avião
Branco e singelo, visto na imensidão
Pergunto-me o q fazes ali,
quando bem poderia estar aqui..
Fantasio-me em seu interior
De olhos fechados até sinto o fervor
Mas no céu a brisa se faz
Enquanto meu avião se desfaz....

Transformou-se numa bela criança
Vejo os traços sutis de sei coração
Sinto em seis sorrisos aquela esperança
E no olhar sua singela imensidão
Mas novamente sopram os céus
E transformam seu ser....

Crianças são como as nuvens: possuem sonhos e a capacidade de fantasiar;

E nós somos como o vento: Somos o que podemos, mas tentamos transformar.

Dam Reis

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um breve olhar sobre o amadurecimento feminino...


O que podemos dizer sobre o desenvolvimento do amadurecimento feminino?
Esta semana estive numa entrevista para estágio e ouvi um comentario que me deixou intrigado. Ainda que hajam estudos que comprovam que a mulher amadurece mais rapido do que os homens, considero esta idéia muito antiquada e primitiva, que despreza totalmente a idiossincrasia, generaliza, despreza o contexto socio-historico e cultural das pessoas, além de esteriotipar privilegiando um sexo. A partir deste principio, fiz uma breve analise de possiveis causas desta diferença no tempo de amadurecimento das mulheres. E é possivel que também façam parte das possiveis justificativas para o Homem ser mais racional e a Mulher mais emotiva.
Em primeiro lugar a criação moral familiar e social. Desde cedo as mulheres são ensinadas a se portar de um jeito diferente dos meninos. Preocupações e imposições de regras como: "não senta deste jeito que nem menino, senta direito", "Haja como uma menina", "Não brinca disto, menina tem que brincar de casinha". Desta forma, no sexo feminino desde cedo é imposto um conjunto de regras que lhe causam desequilibrio cognitivo e emocional, o que a ajudaria a desenvolver mais do que a meninos. Garotos ainda são educados para serem bons trabalhadores, enquanto a maioria das mulheres ainda é treinada para ser uma excelente dona de casa.
Em segundo a preocupação com a estética. São desenvolvidas tantas formalidades para o sexo feminino que chega a ser praticamente uma camisa-de-força. Enquanto os homens mal se preocupam com o que vestem, as mulheres, pelo contrario, se preocupam com o que vestem, como se vestem, pra quem se vestem, se a maquiagem combina com a vestimenta, se a maquiagem combina com a iluminação e se tudo ta combinando com o cabelo. Não sei como não ficam loucas com tantas coisas para se preocupar de uma vez só. O pior é que nunca se arrumam para si, estão sempre preocupadas com o que os outros(as) vão pensar e achar. Se preocupam com a gordura( mas até ai o homem também), se preocupam com a sobransselha, com o batom, com as estrias e selulites. Enfim, são tantas preocupações estéticas que assombra e o que é pior, a sociedade inteira tem em sua essência esta ideologia.
Em terceiro a sexualidade. Homens possuem poucas preocupações. Quando notam que estão amadurecendo e o corpo tomando forma sentem-se normalmente orgulhosos( com certo desequilibrio também, mas são um pouco mais sutis). Já as mulheres, tem muitas preocupações. Quando começam a despertar o interesse pelo sexo masculino, está tão implicito na genesis da criação, que elas se sentem culpadas muitas vezes ao dar o primeiro beijo. São diversas as preocupações de com quem, onde, por que, com quantos... num geral se preocupam com tantas coisas que garotos não se preocupam que chega a ser até desonesto o inicio de uma relação. São poucos os garotos que se preocupam com alguma destas coisas. Isto porque em sua grande maioria, homens são treinados para ser "garanhões" e meninas para ser "donas de casa".
Em quarto está a virgindade. Alguém ja conheceu um garoto preocupado em com quem, onde e como perdeu a virgindade? Ou mesmo um pai que brigou com seu filho homem por ter perdido a virgindade? Num geral homens são educados para ser a "maquina reprodutora da humanidade", enquanto as mulheres a se conservar, ou ficar difamada pela sociedade como vagabunda, puta etc. A sociedade sempre impõe mais responsabilidades sobre as mulheres, o que é justificavel, pois se dão tanta liberdade para o homem, alguem precisa tomar o controle da situação. Neste caso se justifica mais uma vez que a responsabilidade e regras são impostas no sexo feminino. As mulheres devem se preocupar não somente com quem, e não somente consigo mesma, mas com quantas meninas o cara "pegou", se ele tem ou não doenças e se está ou não previnida, porque as consequencias viriam principalmente para ela.
Em quinto e sem dúvidas o mais forte de todos, até os 11 anos aproximadamente a vida do sexo feminino é quase igual a do masculino, mas nesta idade acontece uma coisa que a muda totalmente. A menstruação! Eu nem faço ideia de como seja( ja nasci homem), mas acredito que seja uma mudança estrondoza sobre o mundo da mulher. Ver sange saindo de si todos os meses, as dores que vem junto, a preocupação com as mudanças do corpo, a ideia de que a partir de então pode gerar outra vida, a pressão dos pais.. enfim, toda a realidade em que estava acostumada se transforma. O desequilibrio causado por este acontecimento é um forte objeto de conhecimento e desenvolvimento.



Enfim são varios os influenciadores que incidem sobre o maior desenvolvimento do sexo feminino, isto porque eu não citei o aparecimento de pelos pelo corpo o que acontece em ambos os sexos, porém as mulheres são ensinadas a retira-los por completo em sua maioria.
Partindo destes principios, vemos que seguindo conceitos de Piaget e poderiamos ligar a Vygotsky principalmente e Wallon, os cinco pontos são objetos de conhecimento que desenvolvem o sexo feminino, partindo da acomodação que ela tinha desde o bojo de seu nascimento, vem sofrendo desequilibrios maiores que os do sexo masculino, e elas vão assimilando esta ideologia e a acomodam tornando-as parte de suas vidas. De um jeito ou de outro, estas ideologias são sendo e ficam influenciadas no afetivo emocional durante o desenvolvimento como diria Wallon. Isto não seria possivel se não houvesse a forte influencia da Sociedade subjugada a estas ideologias, e o contato com esta sociedade e suas ideias, vão formando o conhecimento e desenvolvimento do cognitivo, o que nos remete a Vygotsky.
Num geral, a partir dos fatos apontados, este amadurecimento maior do sexo feminino nada mais é do que resultado de uma pratica da ideologia tradicionalista e machista da sociedade e do ser humano, onde os homens possuem menos responsabilidades e preocupações do que a mulher.


Agora eu pergunto:
O desenvolvimento feminino ser mais rapido do que o masculino é uma questão somente genética ou também é resultado de ideologias e esteriótipos da sociedade?