Esta semana mais uma serie de
manifestações tem mostrado que o brasileiro está indignado com os descasos da
política nacional. As lutas, passeatas e protestos da manifestação, paulista em
especial, adquiriram visibilidade desde o dia 10 de Junho de 2013, quando mais
de 100 mil pessoas se juntaram nas ruas de São Paulo, e vídeos foram divulgados
da opressão policial contra os manifestantes que até então eram considerados
“vândalos” pela mídia e grande massa social.
A partir do ocorrido, o povo se manteve
unido demonstrando que a opressão Estatal não consegue sucumbir a extrema
indignação do povo brasileiro, num protesto que tem servido como instrumento
para a exteriorização da indignação da sociedade brasileira contra as
ideologias e injustiças do sistema do Estado nacional.
Entoando um brado forte e retumbante em
protesto na Av. Paulista, localizada no centro da Cidade de São Paulo, mais uma
vez milhares de pessoas se juntaram em prol da manifestação contra o aumento da
passagem não somente em São
Paulo , mas em todo o Brasil.
Dia 11 de Junho, no trajeto à Av.
Paulista, milhares de pessoas gritavam juntas contra a proposta do PEC 27,
entre outros estribilos. Manifestamos ainda não contra a Copa, ainda que seja uma
questão passível de questionamento, mas questionamos os investimentos e a
utilização do evento para maquiar e alienar os cidadãos, numa tentativa de
apagar a criticidade social, como dito durante o trajeto: “Ei! vamo acordar! o
professor vale mais do que o Neymar!!”.
Hoje conseguimos a proposta do que
segundo nosso governo era impossível: a passagem voltará aos R$3 reais. Hoje
mais que nunca os políticos perceberam que o cidadão brasileiro acordou para a
realidade que deve ser mudada. Agora, mais que nunca, perceberam que o “ser
brasileiro” encontrou uma identidade ativa e questionadora.
Os protestos, mobilizados majoritariamente
por jovens, comoveu e dominou a cidade. Hoje, apesar da conquista, não podemos nos
acomodar como vencedores da batalha, essa é apenas uma das quais devemos lutar.
Ainda encontramos políticos recebendo 14º
e 15º salário, trabalhando apenas três dias por semana, com remuneração de
20.000, enquanto o trabalhador que “se mata” num trabalho de 8 horas por dia 5
à 6 dias por semana, tendo de renda familiar de um salário mínimo (R$678,00)
para sustentar quatro pessoas, sem benefícios, sem usufruir de seus direitos
garantidos pela CF. de acesso à saúde, educação de qualidade, lazer entre
outros tantos benefícios que não saem do papel.
O Povo brasileiro precisa manter-se ativo
e questionar as injustiças e desigualdades, a falta de investimento nas
necessidades do povo, principalmente das classes medias e baixas. Precisa
questionar a inoperância do sistema carcerário na sua ideológica funcionalidade,
a qual deveria proporcionar uma (re)socialização, e não somente uma punição, a
qual muitas das pessoas que ali se encontram já tem sofrido punições desde
nascença devido aos descasos da própria sociedade ( e de seu governo).
Precisamos nos manter conscientes e questionar a possibilidade de aceitação do
PEC 27 e do investimento nacional em recursos inacessíveis para o próprio povo,
lembrando que somos cobrados em impostos por recursos dos quais acabamos sendo
obrigados a pagar novamente por eles, sejam sistemas de saúde à sistemas de
educação.
Por fim, devemos nos manter conscientes e
autocríticos para que não voltemos a dormir nos próximos anos, e nas próximas
décadas. Hoje o governo sabe que o “monstro” chamado cidadão está acordado
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