domingo, 31 de março de 2013

Reflexões do dia

Querid@s que acompanham este blog, Desculpem-me pelo meu afastamento nos ultimos tempos.. mas prometo que voltarei a fazer postagens neste blog o qual tenho grande afinidade. Enfim, muitos perceberão um amadurecimento nas ideias, ainda que não tenha aprofundado muito o assunto que será trabalhado. Espero que gostem: Bom, podemos dizer que a prática epistemológica de pesquisa sobre o significado das palavras trata-se de um T.O.C. de pesquisadores na área de humanas, mas a pura reflexão e auto-reflexão sobre a própria pratica, nos possibilita compreender que os signos pactualizados e legitimados em ambientes sócio-culturais podem nos possibilitar conhecimentos e pré-conceitos equivocados. Nesta manhã, assim como em muitas outras me peguei refletindo sobre essa questão: porque as pessoas me consideram inteligente? Tenho grades dificuldades de compreensão sobre assuntos os quais não domino. Sendo desta forma, não me considero inteligente. Segundo o dicionário houaiss: Inteligência  substantivo feminino 1 faculdade de conhecer, compreender e aprender 2 capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos e de adaptar-se a novas situações 3 conjunto de funções psíquicas e psicofisiológicas que contribuem para o conhecimento, para a compreensão da natureza das coisas e do significado dos fatos Desta forma torna-se um pouco complexo considerar-me apenas uma pessoa esforçada, onde no mesmo dicionário representa: Esforçado  adjetivo 1 que tem vigor, energia; forte 2 feito com trabalho, vigor, diligência  adjetivo e substantivo masculino 3 diz-se de ou indivíduo que demonstra grande aplicação e vigor na realização de suas tarefas 3.1 diz-se de indivíduo que, apesar de pouco ou nada inteligente, empenha-se em realizar satisfatoriamente suas tarefas Ainda assim, apesar da proximidade simbólica dos valores expostos, seguindo a noção do 3.1 do conceito de esforçado, considero que esforço-me mais do que absorvo bem um novo conhecimento. Num geral não acredito em talentos natos, compactuo a idéia de predisposições estimuladas durante o processo de desenvolvimento cognitivo. Nesta predisposição estimulada, as pessoas adquirem maior repertorio cultural e intelectual (como propõe Bourdieu) e, através das legitimações contidas nos ambientes sociais, as pessoas tendem a maior ou menor afinidade com determinadas áreas do conhecimento. Por vezes podemos considerar ainda que existem pessoas que possuem maior facilidade em determinadas áreas, como por exemplo exatas, e pouca desenvoltura para a área de humanas. Da mesma forma podemos considerar o inverso. Podemos por vezes analisar ainda que conteúdos da área de exatas estão mais acessíveis (não determinantemente, mas pré-estimuladas) aos homens, enquanto as áreas de humanas, consideradas mais relativas e menos precisas, são socialmente mais propostas para as mulheres. Indubitavelmente, não deixo de considerar essa analise machista, ou no mínimo um pensamento primitivo sobre a capacidade do desenvolvimento cognitivamente semelhante dos sujeitos sociais, no entanto, esta permanece uma característica vigente socialmente. Quantas não são as pessoas que estranham um pai cuidadoso? Um professor homem na creche? Em verdade as construções sociais do conhecimento tem se transformado de tal forma que a mulher tem deixado de representar a visibilidade no mercado masculino, enquanto o contrário não. Nos últimos tempos podemos perceber maior estranhamento em homens atuando em áreas majoritariamente femininas do que em mulheres trabalhando em áreas majoritariamente masculinas. Uma mulher juíza não é mais estranho do que um pedagogo em creche. Uma mulher dona de empresa não é mais estranha do que um homem babá (o que alias, nem sei se tem um masculino, nem tampouco cheguei a conhecer um homem que atuasse na área). Esta postagem não tem por interesse chegar à conclusões, mas gostaria fica o pensamento. Talves esta seja uma reflexão que interessa a poucos, mas ao mesmo tempo é algo a se refletir....

Um comentário:

  1. Muito bem colocado, Dam Reis, de fato não dá para se chegar uma conclusão... Porém, a reflexão é pertinente, uma vez que não há mais espaço para “estranhezas”.

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